Como construir um drone

Acessórios opcionais

Até agora eu falei apenas do que é necessário para fazer um multicóptero voar. Abaixo vou falar de outros acessórios que não são necessários, porém acrescentam recursos interessantes aos aeromodelos.

Câmera FPV

FPV significa “Visão em primeira pessoa” (First Person View). É quando você instala em seu aeromodelo equipamentos de transmissão de vídeo para que você, em solo, consiga ver o voo do seu aparelho como se estivesse pessoalmente lá. É um recurso muito bacana.

Para ter FPV em seu aeromodelo, você vai precisar de uma câmera, um transmissor de vídeo e uma antena. E para ver este vídeo, você vai precisar ter em solo um receptor de vídeo e um monitor ou um par de óculos especiais para FPV.

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Normalmente a transmissão de vídeo usa sinal de rádio em 433Mhz, 1.2-1.3GHz, 2.4Ghz ou 5.8Ghz. Cada uma dessas frequências possui características próprias e se você tem interesse por isso, deve estudar as diferenças. Basicamente o que muda é o tamanho da antena (quanto menor a frequência, maior a antena), o alcance e a penetração (quanto menor a frequência, maior o alcance e a penetração).

OSD

OSD

OSD significa “on screen display”. É uma forma de adicionar informações úteis à imagem que é transmitida pelo aeromodelo. Portanto o OSD é um complemento ao sistema de FPV. Com OSD é possível obter diversas informações de telemetria, como estado da bateria, valores do magnetômetro, inclinação e altitude estimada, modo de voo e intensidade do sinal de rádio. Se seu aeromodelo for dotado de GPS, é possível obter a altitude precisa, velocidade, coordenadas, distância e direção da base, entre outras informações úteis.

Gimbal

Drone com Gimbal

O Gimbal é o mecanismo responsável por direcionar e estabilizar a câmera. Normalmente ele vai instalado em baixo do drone, mas há modelos que vão em cima também. Ele pode ser de 1, 2 ou 3 eixos.

Quando é de 1 eixo, ele cuida apenas do movimento vertical, ou seja, move a câmera apenas para cima e para baixo. Este tipo é bem raro de encontrar.

Os mais comuns são os de 2 eixos, que além de movimentar a câmera na vertical, também movimenta horizontalmente, permitindo que o drone se incline para os lados mantendo a imagem nivelada.

Já os gimbals de 3 eixos também são capazes de mover a câmera em relação ao drone, ou seja, a câmera pode olhar para um ponto diferente do qual o drone está “apontado”. Por exemplo: O drone está com a frente virada para um lado, mas a câmera está olhando para outro.

Este tipo, além de ser muito mais caro, só faz sentido se o gimbal for operado por outra pessoa que não é o piloto do drone, pois o piloto do drone pode mudar a posição do drone sem mudar o sentido em que ele está voando (afinal, drones voam para todos os lados).

Bluetooth/Rádio para telemetria

Ground Station

Comunicação bi-direcional com o drone é útil especialmente para voos autônomos. Você pode enviar missões, pode ajustar configurações do Flight Controller e obter informações do voo na sua base em terra (ground station).

Para isso, é preciso ter um link de rádio bi-direcional, especificamente criado para isso. Os mais comuns são o OPLink (usado com o LibrePilot) e o MAVLink (usado com APM ou PixHawk), há também links de curto alcance por Bluetooth, que são mais usados para ajustar o Flight Controller sem a necessidade de usar um cabo.

Telemetria

Luzes LED

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Ter luzes no Drone é útil para identifica-lo entre outros drones similares, ou para ver ele no escuro (durante a noite por exemplo). As luzes facilitam muito a orientação, especialmente quando se está voando sem FPV.

Por Daniel Ribeiro

Daniel Ribeiro é um Nerd apaixonado por motos e velocidade. Escreve o Motos Blog, o maior blog sobre Motos do Brasil. Mas como todo Nerd, gosta de acumular conhecimentos profundos sobre todas as áreas que puder. Com isso, acaba tendo interesse em outras áreas, como Aviação, Eletrônica, Mercado Financeiro, entre outros. Então, usa o Outros.net para postar tudo aquilo que não cabe no Motos Blog.

9 comentários

  1. Amigo Vc poderia me ajudar , como construir (peças e fornecedores) este computador de navegação (“um pequeno computador eletrônico, ….entre outros”). Moro num local onde as pessoas costumam colocar fogo na vegetação, quando não cai um balão, aí quando Vc menos espera aparece um fogaréo e acaba queimando tudo, nossas arvores e roça inclusive…. fazemos uma barreira de terra nua , mas para que possamos visualizar o fogo antes de chegar a nós (tamanho, localização) precisamos de um quadricoptero possante. Pode nos ajudar?

  2. Excelente . Esse artigo para pessoas que não tem nenhum conhecimento foi esclarecedor , me ajudou a entender quais caminhos devo seguir para chegar no meu primeiro drone. Muito obrigado!

  3. Salve, amigo! Muito obrigado por este trabalho bastante elucidativo e de boa didatica! Te pergunto: se vc fosse montar um racer 250 e, eventualmente instalar um gimbal e um modulo GPS, qual FC, firmware e fork vc escolheria supondo um orcamento sem limites. Abs! Adoro motos, tenho uma 2T e outra 4T.

    1. 250 com Gimbal? Acho que não vai ficar muito bom amigo. Vai ficar pesado.
      Eu vejo que você está tentando montar um “Mavic”… Drone pequeno com estabilização de imagem. Neste caso, recomendaria um frame de 280, que te permite usar hélices de 6 com folga.
      Quanto a pergunta: Controladora SP Racing F3 Deluxe (boa e barata) com firmware iNavFlight.

  4. Sou iniciante nessa área de drones, meu conhecimento e muito vago por enquanto, ainda quero expandir ainda mais, porém preciso de um norte para onde deve começar, oque voce me recomenda?
    Obs: estou pensando em montar um drone racing ou compra um kit pronto.

  5. Parabéns pelo ótimo trabalho,
    Sou novo nesse hobby e estou querendo montar meu primeiro drone mas tenho várias dúvidas uma delas é sobre o modo Headless esse modo vem em todas controladora para f450 ou não existe esse modo em f 450 ? Desde já agradeço e perdoe minha ignorância como eu disse sou novo kk

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