Dona de uma das maiores redes varejistas de moda – a Le Lis Blanc, a varejista Restoque teve prejuÃzo de R$ 4 milhões no quarto trimestre do ano passado. Em mais um perÃodo de queda nas vendas das lojas abertas há mais de um ano, a receita lÃquida total da empresa subiu apenas 4%, para R$ 189,6 milhões. O caso é comentado pelo gestor Leônidas Herndl.
Segundo o gestor, a saÃda imediata da empresa deve ser estancar os gastos operacionais. “Eles devem ser reduzidos em 2014. Medidas eficazes, e rápidas, devem ser tomadas pelo gestor responsável pela Le Lis Blanc. O mercado tem força e está em crescimento – e a Restoque potencial o suficiente para se adequar ao mercado, basta apenas se alinhar em alguns pontosâ€, afirma Leonidas.
A sugestão do gestor vai de encontro com as medidas anunciadas pelo diretor de operações da Restoque, Livinston Bauermeister: o centro de distribuição de Itapevi (SP) foi desativado e o showroom de marcas da Vila Olimpia, na Zona Sul de SP, será mudado para a Vila Leopoldina, Zona Oeste. “Também estamos trabalhando fortemente para reduzir nossos custos de ocupaçãoâ€, afirma Livinston.
Questionado sobre o mau desempenho da bandeira Le Lis Blanc durante teleconferência com analistas e investidores, Livinston disse que a marca foi a que mais sofreu com problema de falta de produtos em suas lojas. Segundo o executivo, a situação deve ser corrigida com o lançamento da coleção outono/inverno.
Na comparação com o mesmo perÃodo do ano passado, a Restoque conseguiu reduzir os estoques de coleções passadas por meio da venda em ‘outlets’. Mas a intensa atividade desse canal de vendas não deve ser um padrão para a companhia. “A atividade dos ‘outlets’ deve ser normalizada ao longo do ano. Acreditamos também que esse canal deve apresentar uma margem bruta maior”, conclui.
No consolidado do ano passado, a empresa registrou prejuÃzo de R$ 18,4 milhões, ante um ganho de R$ 1,8 milhão em 2012. Puxada pela abertura de novas unidades, a receita da companhia subiu 12%, para R$ 713,67 milhões.